Como
um homem que corta a
Corcova
de um boi e se
Alimenta
desta
Separação
Há
algum tempo eu
Questiono a
Matéria
Qual
tempo
Resta
De associação
À
vida eterna
:
Juventude
A
imanência flerta com
Gatos
egípcios
Lambendo
a podridão do meu
Corpo
a
Girar
Espeto
de carbono
No
cemitério morno
Imarcescível
;
Infância
Em
sonhos
Eu
e amigos
Somos
cabras
Pulando
Fogueiras
Bebendo
Água
suja
Misturando-a
e misturando-nos
Com
leite de
Noites
distantes
Escondidos
atrás de uma lua em frente às névoas de sorrisos
Reconheço
um
Amor
recolhido
Em
um cocho pequeno
Pastamos
e
Apascentamos
Um
conhecido sentimento
Ao
abismo de uma leve
.
Promessa
A
faca do tempo
Aproxima
o corte
Da
nuca
O
fio da navalha
O
olho sem pálpebra
Procura
O
impressionismo
Que
me beija com devoção
Desde
o
Parto
Sem
Partir
Uma
parte minha
Chora
pelos
Lábios
Que
eu pensava fazer
Parte
De
algum dos mil
Eu
Amigos
Balimos
E
a lâmina da morte
Ainda
mais
Cega
Voa
com presciência
Na
direção oposta
Agora
Nenhum
barulho
Será
permitido
Tiago André Vargas
18.12.2016