Uma
caixa de madeira em verniz sujo rescendendo charuto podre.
Carrego
comigo.
E
o botão que a liga são as coisas que me fazem perder.
A
conta da energia cada vez mais baixa.
Por
causa da caixa?
Não
exatamente.
O
horário nobre nas costas de um domingo de morte faz com que o Fausto de Goethe
fique gordo, outrora mais gordo, todavia as jaquetas roxas e os relógios de
parede continuam copulando na esquina do meu pensamento.
Nesta
esquina tem uma placa: É tudo tão triste.
Pergunto
para o guarda o que me aguarda e ele me diz para postar alguma foto em rede de
peixes urbanos sociais instantâneos que se pesam por gramas com múltiplas
balanças e se comem pela aparência impressa, com pressa.
Meu
pai me ensinou comer peixe com limão. E isso é tudo.
Olocobicho.
O
louco bicho.
O
louco não é o bicho.
O
louco é o homem.
Olocohomem.
Fausto
é culpado.
Que
carregue sua caixa.
Que
tire suas fotos no equilíbrio do céu e do inferno.
E
que anseie se tornar imperador da máquina fotocopiadora pelos polegares de
outros faustinhos jocosos.
Mefistófeles
sabe fazer caipirinha.
Caga
na calmaria do mar verde.
Livre
de tudo que nunca desejou.
Tiago André Vargas
15.12.2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário